Sábado, 24 de maio, 21h00, Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. A música para sopros tem uma longa tradição. Entre nós, conhecemo-la bem das bandas militares e das bandas filarmónicas nascidas nos movimentos associativos do século XIX. Mas o alcance é bastante maior e remonta a séculos anteriores. Primeiro, em contextos festivos ou cerimoniosos. Depois, no final do período clássico, ao encontro do «novo gosto» das casas senhoriais que gravitavam em torno dos Habsburgos, em Viena. Chamavam-se Harmonie, esses agrupamentos que tocavam transcrições de excertos de óperas e de obras orquestrais em convívios informais. Compositores tão ilustres como Haydn tiravam também partido dessas sonoridades. Este programa abre, precisamente, com um «Divertimento» seu; com pares de oboés, fagotes e trompas acompanhados de um contrabaixo. Passados mais de 200 anos, já em 1982, Jean Françaix juntou uma trompete àquela formação para evocar o próprio Haydn em onze variações sobre o tema da Sinfonia Surpresa. Em vez disso, George Enescu preferira antes, em 1906, acrescentar duas flautas, para dar azo à influência de Johann Sebastian Bach.
J. Haydn Divertimento a 6, Hob.II:3
J. Françaix Onze Variações Sobre um Tema de Haydn
G. Enescu Deceto de Sopros
Fagote e Direção Musical: Lurdes Carneiro
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PROGRAMA DETALHADO
Joseph Haydn (1732-1809) – Divertimento a 6, em Sol Maior, Hob.II:3 (ca. 1760)
10 min.
I. Allegro
II. Menuet
III. Andante
IV. Menuet
V. Presto
Jean Françaix (1912-1997) – Onze Variações Sobre um Tema de Haydn (1982)
11 min.
[sem andamentos]
Entrada gratuita para a comunidade NOVA, mediante o envio de e-mail para relacoespublicas@metropolitana.pt.
George Enescu (1881-1955) – Deceto de Sopros (1906)
25 min.
I. Doucement Mouvementé
II. Modérément
III. Allegrettement