O festival que é, desde 2007, um dos espaços privilegiados para celebrar a vitalidade e pluralidade da música aventureira nacional. Dando especial destaque a nomes e projectos que continuam a impulsionar os limites da música e a explorar novos territórios sónicos.
Fiel à sua identidade, o Rescaldo traz consigo nomes históricos que continuam a deixar a sua marca única e absolutamente contemporânea, bem como criadores da nova geração em pleno desenvolvimento das suas carreiras, valores emergentes de diversos espectros sonoros, miscigenações inimaginadas e colaborações únicas, especialmente concebidas para o festival.
O Rescaldo é, como sempre foi, um espaço para outras formas de pensar e ouvir.

Data: 9 de Fevereiro
Local: Auditório da Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa
Preço: 5 € Comunidade NOVA e 8 € Público Geral
Horário: 21.30
Organização: Universidade NOVA de Lisboa

FOLCLORE IMPRESSIONISTA
Colectivo projectado em 2016 por João Paulo Daniel em cumplicidade com António Caramelo e Sérgio Silva, Folclore Impressionista opera em torno de uma ideia de desvanecimento – da memória, da paisagem, daquilo que se encontra oculto além do visível – muito ligada ao conceito de “eerieness” como projectado por Mark Fisher. Com dois álbuns – ‘A New Sensation: Music for Television’ e ‘Idea of Nature’ – lançados na sua Russian Library e um número de peças espalhadas por entre compilações, 7″ e cassete, têm sido dos mais ávidos cultivadores da “hauntology”, como postulada por Simon Reynolds, neste terreno, arquitetando uma música e devida correspondência visual informada pela library music, kösmiche, folk e utopias working-class, num tempo-espaço escapista em que passado e futuro se confundem.
TÓ TRIPS
Senhor de uma presença substancial mas nunca impositiva na movida musical deste país, Tó Trips amealha já praticamente quatro décadas de labuta à guitarra, num caso raro de resiliência e constante reinvenção. Com passagem pelos míticos Santa Maria, Gasolina em Teu Ventre e formação dos Lulu Blind, na década de 90, e dos Dead Combo já no início deste século, ao lado do saudoso Pedro Gonçalves, Tó Trips tem-nos deixado um espólio respeitável, que tem sido continuado a solo com uma paciência abençoada. Tendo lançado o seu terceiro álbum em nome próprio no ano transacto – ‘Popular Jaguar’ pela Revolve -, mediado pela formação do Club Makumba e da criação da banda sonora para ‘Surdina’ de Rodrigo Areias, oito anos após ‘Guitarra Makaka – Danças a um Deus Desconhecido’, Trips reafirma a sua linguagem quase intuitiva ao instrumento, capaz de abarcar diversas histórias e latitudes que vão da memória do mestre Paredes às paisagens de Ry Cooder, dos espaços de Ennio Morricone à ginga de Marc Ribot, a esta Lisboa que vai desaparecendo.

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