No período clássico, não era habitual as sinfonias inspirarem histórias ou ideais. A música bastava-se a si mesma. Mas havia sempre quem fizesse relações. Quando, no verão de 1788, Mozart compôs a sua derradeira sinfonia, nunca imaginou chamar-lhe Júpiter, o nome do maior planeta do sistema solar, ou do deus romano, pai de Vénus e de Minerva. A atribuição terá sido feita por J. P. Salomon, o empresário alemão responsável pelas duas permanências de Haydn em Londres, nos anos seguintes. Curiosamente, a Sinfonia N.º 101 de Haydn foi composta por sua encomenda, em 1793. Acabou por intitular-se O Relógio porque o público londrino reconheceu no 2.º andamento o característico som do tique-taque. Já a abertura da ópera Il mondo della luna teve um percurso inverso. Em 1777 celebrava o casamento do filho mais novo do Príncipe de Esterházy, mas acabou por converter-se no sóbrio 1.º andamento da Sinfonia N.º 63.
Orquestra Académica Metropolitana
Sexta-feira, 14 de março, 21h00, Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa
J. Haydn Abertura da ópera Il mondo della luna
J. Haydn Sinfonia N.º 101, O Relógio
W. A. Mozart Sinfonia N.º 41, Júpiter
Direção Musical: Jean-Marc Burfin e/ou Alunos de Direção de Orquestra – ANSO
Joseph Haydn (1732-1809) – Abertura da ópera Il mondo della luna, Hob. XXVIII:7 (1777)
4 min
Joseph Haydn – Sinfonia N.º 101, em Ré Maior, Hob.I: 101, O Relógio (1793)
30 min.
I. Adagio – Presto
II. Andante
III. Minuetto – Trio: Allegretto
IV. Finale: Vivace
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Sinfonia N.º 41, em Dó Maior, KV 551, Júpiter (1788)
30 min.
I. Allegro vivace
II. Andante cantabile
III. Minuetto: Allegretto
IV. Molto allegro
Os bilhetes são gratuitos para a comunidade NOVA mediante o envio de e-mail para relacoespublicas@metropolitana.pt