
IHA seed-project Cartografias da criatividade feminina, 1974-1979: análise e criação de um repositório online
Unidade Orgânica: FCSH
Centro de Investigação: IHA - Instituto de História da Arte
Unidade Orgânica: FCSH
Centro de Investigação: IHA - Instituto de História da Arte
Resultado de uma parceria com a Casa das Histórias Paula Rego, este projeto centra-se na produção artística das artistas portuguesas no período após a revolução de 1974 e procura definir o seu contributo para a revisão histórica desse período e para a representação das mulheres portuguesas no contexto político de transformação democrática.
Partindo de uma imagem do Portugal pós-revolucionário como um território de convergência de intervenções coletivas e transnacionais que combinaram criatividade e participação cívica, o IHA seed-project “Cartografias da criatividade feminina, 1974-1979” propõe uma perspetiva transnacional que integra as artistas portuguesas em circuitos e redes de solidariedade internacionais.
O seu objetivo é criar uma base de dados online, intitulada “Criatividade feminina em Portugal: Fontes e testemunhos”, a partir da qual será possível mapear a circulação nacional e internacional das artistas portuguesas e também a presença de artistas estrangeiras em Portugal no período após a revolução de 1974.
Para além de destacar a participação das artistas portuguesas na definição do ambiente artístico pós-revolucionário e das suas aspirações democráticas e os diálogos internacionais que estabeleceram, este projeto sublinha também o impacto das exposições e eventos artísticos realizados no período pós-revolucionário e o seu papel na renovação do país através da promoção de novas formas de expressão e de intervenção no espaço público.
No âmbito deste projeto foi organizada a exposição “Paula Rego e Salette Tavares: cartografias da criatividade feminina nos anos 70”, patente de 5 de novembro de 2022 a 21 de maio de 2023 na Casa das Histórias Paula Rego, Cascais, do qual resultou um catálogo digital editado pela investigadora do IHA Leonor de Oliveira (GI MuSt) e Catarina Alfaro, comissárias da exposição.
Esta publicação insere-se na comemoração dos 100 anos do nascimento de Salette Tavares e antecipa a celebração dos 50 anos do 25 Abril, procurando promover uma reflexão crítica sobre a revolução e o processo de democratização que se seguiu.