Questionando o actual impacto da hegemonia anglo-saxónica na espectacularização dos afectos, este ciclo pretende reflectir sobre os modos como amor e universo literário se cruzam no cinema ibero-americano das últimas décadas.

O seu título é uma tradução para castelhano de uma frase tirada da canção «Problema de expressão» da banda portuguesa Clã enquanto resposta à seguinte passagem: «Devia ser como no cinema / A língua inglesa fica sempre bem / E nunca atraiçoa ninguém». Atendendo que qualquer tradução implica sempre inúmeras «traições» ao sentido original, o ciclo tem como propósito examinar denominadores comuns que resultam de legados históricos e culturais partilhados, mas também idiossincrasias e formas próprias de expressar o amor dentro dos espaços ibéricos e ibero-americanos, trazendo assim à colação questões de tradução linguística e cultural.

Numa co-organização do CHAM-Centro de Humanidades (NOVA FCSH), Instituto de História de Arte (NOVA FCSH), Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa), Medeia Filmes e Leopardo Filmes, o ciclo debaterá questões relacionadas com estas temáticas, a partir de uma selecção de doze filmes. No final de cada projecção, críticos de cinema, escritores, tradutores, artistas, psicanalistas, historiadores, antropólogos, sociólogos e outros comentarão as obras à luz destes problemas e inquietações que marcam a contemporaneidade. As sessões serão quinzenais, e terão lugar às 19h no Cinema Nimas, em Lisboa. O ciclo é uma curadoria de Ana Bela Morais, Bruno Marques e Isabel Araújo Branco.


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