Profissão Pragmática Profissão Poética de Jorge Reis, Um Contributo Projetual Para o Design Gráfico Contemporâneo em Portugal e Para a Sua Internacionalização inaugura a 12 de Março e fica patente até 24 de Abril na Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa.

Parte 1 (NOVA FCT Campus da Caparica)

Inauguração: 20 de fevereiro ~ 17h.

Parte 2 (Reitoria da Universidade Nova de Lisboa)

Inauguração: 12 de março ~ 17h.

+ Lançamento da publicação.

Tendo como título principal, Profissão Pragmática Profissão Poética, pretende esta exposição e publicação contribuir para um entendimento da prática projetual no design gráfico contemporâneo; constituindo-se como atividade de serviços, com uma forte responsabilidade social, assente no modo como lida com a literacia e os níveis de iliteracia das sociedades europeias, que utilizam os artefactos de design gráfico, disseminados no quotidiano cosmopolita. Este pragmatismo obriga a uma condição essencial, ligada ao facto de estarmos perante profissionais marcadamente funcionalistas, que resolvem problemas, construindo perguntas de partida para responder a desafios, elencando elaborados projetos, numa sequência de resolução própria. Paradoxalmente, no projeto de design gráfico, a poesia é um instrumento de trabalho, tendo em conta a produção de peças gráficas significantes, assentes na própria poesia das formas. Este facto é particularmente sensível, na dualidade, no contraponto, entre as formas verbais e não-verbais que constituem a matéria-prima essencial na disciplina profissional de design gráfico; sendo o alfabeto, sistema de comunicação interpessoal, o instrumento potencial de uma estimulante produção poética, que remete para o desafio da leitura, convocando um leitor ativo, participante, motivado; contra as formas alfabéticas convencionais e desgastadas.

Na relação entre o texto e o desenho, entre escrever e desenhar no dia-a-dia do ateliê, está a importância dos quatro cantos do estirador: a composição, a proporção, a adequação e a função, enquanto metáforas operativas. Deste modo se antecipam criticamente ideias futuras aqui propostas, num projeto de design gráfico que integra conhecimento científico, qualitativo e quantitativo; transformando-se política e socialmente a comunidade, pela forma, elegância e significado dos projetos, tendo em conta a sua exequibilidade de produção. Neste volume impresso procura-se ainda robustecer a ideia de uma terceira via no design gráfico contemporâneo, onde a tendencial digitalização dos conteúdos do quotidiano e o retorno à manualidade dos krafts, na permanência do desenho, coabitam e se misturam, enquanto composto progressista na prática projetual.


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