CINEMA E MORTE pretende demonstrar que a filosofia do cinema traz contribuições relevantes para o conhecimento filosófico através dos modos como os filmes pensam o tempo, a finitude e a morte e que esse pensamento dá um novo sentido ao papel tradicional da filosofia como meditação sobre a morte.

CINEMA E MORTE propõe um novo paradigma para a compreensão da relação entre cinema e filosofia defendendo que

1) a metodologia da filosofia do cinema é uma meditação sobre a morte e

2) que os filmes ‘pensam’ e têm os seus próprios modos de criar novos pensamentos.

Um desses pensamentos diz respeito à morte, um fenómeno do qual não temos imagem, mas que os filmes tornam visível como imagem-morte. Afirmamos que a experiência cinematográfica é, em si mesma, igual à consciência da própria mortalidade, como um memento mori, sem o qual não filosofaríamos de todo. Para tal, propõe-se um novo mapa conceptual para estudar as formas como a morte e o tempo estão ligados através das imagens em movimento.

O projeto irá oferecer uma visão contemporânea da morte enquanto fenómeno cultural que moldou o pensamento do século XX em geral e o cinema em particular, colocando as habituais definições antropocêntricas da morte em questão.

O projeto irá questionar a nossa própria condição existencial paradoxal enquanto membros de uma sociedade tanatofóbica que raramente se debruça sobre a morte no quotidiano, mas que prontamente a discute quando surge retratada no cinema e na televisão.


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